Aspirador-robô: é possível estar sendo espionado?

Nos últimos anos, os dispositivos conectados à internet, como eletrodomésticos “inteligentes”, se tornaram comuns em muitas casas. Eles permitem que os usuários controlem desde aspiradores de pó até câmeras de segurança, de forma remota. Embora essa conveniência seja atraente, também surgem preocupações sobre a segurança e a privacidade. Estes dispositivos podem ser vulneráveis a ataques cibernéticos, expondo informações pessoais dos usuários. Portanto, entender os riscos e como se proteger é fundamental.

A Vulnerabilidade dos Dispositivos Inteligentes

Em 2024, aspiradores-robôs da marca Ecovacs Deebot X2 foram alvo de hackers em diversas cidades dos Estados Unidos. Os invasores controlaram os aparelhos, visualizaram imagens das casas dos usuários e, em alguns casos, proferiram insultos. Esse incidente revelou uma falha crítica nos dispositivos. Muitas vezes, esses aparelhos têm hardware limitado e sistemas de segurança fracos, o que facilita as invasões.

Além disso, muitos dispositivos vêm com senhas padrão e não recebem atualizações regulares de software. Isso os torna alvos fáceis para cibercriminosos. Especialistas alertam que, sem uma segurança robusta, esses aparelhos podem ser uma porta de entrada para ataques maiores, como o roubo de dados pessoais ou invasão de outras redes.

O Papel da Legislação na Proteção do Usuário

Para combater esses riscos, alguns governos estão tomando medidas. Em 2024, o Reino Unido implementou leis mais rigorosas para a segurança de dispositivos conectados. Agora, as empresas devem exigir senhas fortes e oferecer maneiras fáceis de reportar falhas de segurança. Além disso, elas precisam informar por quanto tempo os consumidores terão suporte técnico e atualizações de software.

No Brasil, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) também está trabalhando para criar regras que protejam dados pessoais. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) já prevê sanções para invasões de dispositivos. Com a crescente adoção de tecnologias IoT (Internet das Coisas), a regulamentação desse mercado é uma prioridade para proteger os consumidores.

Dispositivos como Porta de Entrada para Invasões

Os dispositivos inteligentes são vulneráveis não apenas por si mesmos, mas também por sua conexão com a rede doméstica. Quando um dispositivo é hackeado, ele pode permitir que os invasores acessem toda a rede Wi-Fi da casa. Isso cria um risco para outros aparelhos, como computadores e celulares. Uma vez dentro da rede, os criminosos podem buscar brechas para explorar ainda mais as vulnerabilidades.

Por exemplo, câmeras de segurança e impressoras conectadas podem ser usadas como pontos de entrada para invasões maiores. Portanto, é importante que os usuários protejam suas redes com senhas fortes e atualizações constantes de software. Dessa forma, eles reduzem a chance de que suas casas se tornem alvos fáceis para cibercriminosos.

A Transparência das Empresas e a Escolha Consciente

Infelizmente, muitas empresas não são transparentes sobre a segurança de seus dispositivos. A Consumer Reports revelou que, de 21 marcas analisadas, apenas 3 informaram por quanto tempo continuariam oferecendo suporte de software. Sem essas atualizações, os aparelhos se tornam mais suscetíveis a ataques. Por isso, os consumidores devem escolher marcas confiáveis e verificar se os dispositivos têm suporte de segurança a longo prazo.

Além disso, antes de comprar um dispositivo inteligente, é essencial pesquisar sobre sua segurança. O simples ato de procurar o nome da marca junto com palavras como “hackeado” ou “vulnerabilidade” pode fornecer informações valiosas sobre como a empresa lida com problemas de segurança. Se o dispositivo deixar de receber atualizações, o ideal é parar de usá-lo.

Dicas para Proteger Seus Dispositivos

Embora a segurança dependa das fabricantes, os usuários podem adotar medidas para proteger seus dispositivos. Aqui estão algumas dicas essenciais:

  1. Desconecte quando não estiver usando: Evite deixar seus dispositivos conectados à internet o tempo todo. Quando não estiver em uso, desconecte-os.
  2. Use senhas fortes: Nunca deixe senhas padrão. Escolha senhas longas e únicas para todos os dispositivos conectados.
  3. Segmente a rede: Use uma rede Wi-Fi separada para os dispositivos inteligentes. Isso ajuda a evitar que uma invasão afete a rede principal.
  4. Fique atento às atualizações: Sempre que uma atualização de segurança for disponibilizada, instale-a imediatamente. Se o dispositivo parar de receber atualizações, considere deixá-lo de lado.
  5. Monitore o tráfego de dados: Se notar que o uso da internet está mais lento ou que há atividade incomum, isso pode ser sinal de que um dispositivo foi invadido.

Conclusão

A conveniência de ter dispositivos conectados à internet em casa é inegável, mas também traz riscos. Para proteger sua privacidade e segurança, é crucial adotar boas práticas, como manter seus aparelhos atualizados e usar senhas fortes. Além disso, a regulamentação do mercado e a transparência das empresas também desempenham um papel vital na segurança dos consumidores. Em um mundo cada vez mais digital, é necessário equilibrar a inovação com a proteção contra ameaças cibernéticas.

Fonte: Informações baseadas em reportagem do site BBC News Brasil.

 

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